fonte: http://www.icmbio.gov.br/portal/comunicacao/noticias/20-geral/4081-brasil-ganha-mais-um-parque-nacional-marinho.html
Brasília
(25/06/2013) – O Diário Oficial da União da última sexta-feira (21)
apresentou mais um ganho para o Brasil e para a sociedade. Por meio da
Lei 12.829, datada de 20 de junho de 2013, a presidenta Dilma Rousseff
sanciona a criação do Parque Nacional Marinho das Ilhas dos Currais, no
Estado do Paraná. Sua importância para a conservação marinha levou à
elaboração, em 2002, de um Projeto de Lei (no 7.032) para a criação do
Parque.
O objetivo é proteger os ecossistemas das Ilhas dos Currais, bem como
os ambientes marinhos dos limites do seu entorno, permitindo ainda a
proteção e controle de relevantes áreas de nidificação de várias
espécies de aves e de hábitat de espécies marinhas.
As ilhas dos Currais formam um pequeno arquipélago a 6,2 milhas da
costa, em frente à Praia de Leste, no município de Pontal do Paraná
(PR), composto por três pequenas ilhas e quatro grupos de recifes
artificiais localizados no seu entorno. A primeira ilha possui apenas um
pico de pedra alto sem vegetação, a segunda um pouco mais baixa e a
terceira, bem maior, apresenta vegetação apenas em seu cume.
As ilhas não possuem praias, apenas costões de rochas e pedras que
afloram do mar. Vivem na área mais de 8 mil aves, chegando a nascer
cinco mil atobás nas ilhas. Daí a ilha ser o principal berço desta ave
em todo o litoral brasileiro.
O entorno das ilhas também serve de proteção para o mero, o maior
peixe ósseo do Atlântico Sul, que está ameaçado de extinção. Os peixes
se abrigam em recifes artificiais e recifes naturais, estes últimos, um
dos motivos da necessidade de conservação da área.
Para o presidente do ICMBio, Roberto Vizentin, a criação do Parque
Nacional Marinho das Ilhas dos Currais é um ganho para toda a sociedade
brasileira. "O desafio será, a partir de uma boa gestão, conciliar as
atividades de interesse local, como o mergulho, com a conservação de
todo esse ecossistema do qual essas espécies dependem".
A criação do parque vem ao encontro do objetivo do Governo Federal
de, até 2020, ter 10% das áreas costeiras e marinhas protegidas na forma
de unidades de conservação – proposto na 10ª Conferência das Partes
(COP-10), em Nagoia (Japão), em 2010, para a Convenção Sobre Diversidade
Biológica (CDB).
Além da importância ecológica, o arquipélago é amplamente utilizado
pelos pescadores artesanais do litoral do Paraná, sendo um dos
principais polos pesqueiros do estado. Daí a necessidade de se gerar
conhecimentos acerca da biodiversidade marinha e das atividades de pesca
para a adoção de medidas de manejo eficientes.