quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Seminários encerram o primeiro ano do projeto Litoral Sustentável- São Paulo

 
fonte: http://litoralsustentavel.org.br/destaques-fixos/seminarios-encerram-o-primeiro-ano-do-projeto-litoral-sustentavel/

Os dois eventos realizados na Baixada Santista e Litoral Norte apresentaram a população os principais dados do Diagnóstico Regional realizado pelo projeto em 2012
Bianca Pyl, equipe de Comunicação do projeto e fotos de Diana Basei
 
O projeto Litoral Sustentável finalizou o ano de 2012 com a apresentação do Diagnóstico Regional em dois eventos, um voltado para a Baixada Santista e outro para o Litoral Norte. O objetivo era apresentar o Diagnóstico Urbano Socioambiental Participativo que realizou em 13 municípios do Litoral Norte e da Baixada Santista. Esta iniciativa está integrada ao projeto Litoral Sustentável – Desenvolvimento com Inclusão Social e tem por objetivo construir coletivamente um programa regional de desenvolvimento sustentável para os municípios e para região. Em 2013 serão realizados seminários temáticos, além de audiências públicas para a apresentação dos programas regional e municipais.


Hamilton Faria, coordenador de Cultura do projeto apresenta os principais pontos do diagnóstico

Os seminários contaram com a participação de mais de 200 pessoas, entre integrantes de organizações da sociedade civil, do empresariado, representantes da Petrobras, integrantes das prefeituras dos 13 municípios e do governo do estado. Na Baixada Santista o evento aconteceu em Santos, no dia 14 de dezembro, e no Litoral Norte, a cidade de Caraguatatuba recebeu o evento no último dia 20 de dezembro. Os participantes dos seminários se dividiram em grupos temáticos para aprofundar a discussão e contribuir, ainda mais, com os dados apresentados pelo projeto.
O foco do debate foram os desafios e possibilidades que as regiões da Baixada Santista e Litoral Norte devem enfrentar para crescer de forma sustentável. “Vamos continuar os debates com gestores, segmentos da sociedade civil e governos estadual e federal, tudo para pensar em como podemos enfrentar os impactos que já estão acontecendo nessas cidades, devido aos diversos investimentos que têm ocorrido”, comentou Nelson Saule Jr., coordenador geral do projeto Litoral Sustentável. Dentro do trabalho de pesquisa, o processo de leitura comunitária realizado com os moradores apontou que a população tem expectativa de participar das definições e dos rumos do desenvolvimento para também ser beneficiária das riquezas produzidas.
 

Nelson Saule Jr., coordenador do projeto fala aos participantes do seminário no Litoral Norte

De acordo com o coordenador do projeto, o Pólis buscou apresentar uma visão mais integrada do litoral que permita aos governos, à sociedade civil e ao próprio Pólis pensar soluções conjuntas para a Baixada Santista e o Litoral Norte para questões como regularização de área fundiárias em áreas de proteção especial, mobilidade pública e destinação dos resíduos sólidos. “O desafio é articular a diversidade das atividades econômicas com o potencial ambiental, a inclusão social e outras atividades estratégicas nacionais, como a atividade portuária e de exploração de gás”, explicou, lembrando que em 2013 a sociedade construirá uma versão preliminar do Programa de Desenvolvimento Sustentável Local e Regional.
A equipe do Instituto Pólis apresentou a leitura comunitária com oito aspectos em comum no litoral, apontado pelos moradores ouvidos pelo projeto. A apresentação da leitura técnica foi dividida em 5 temas: áreas ambientalmente protegidas; polarização e distribuição socioeconômica; dependência do veranismo e sua articulação com o Turismo; grandes projetos para a integração territorial e sustentabilidade; e instrumentos de gestão territorial regional e municipais.
Durante os seminários foi apresentado o primeiro vídeo de uma série este é o primeiro vídeo de uma série que vai abordar temas sobre a realidade do litoral paulista para contribuir com a construção do programa de desenvolvimento sustentável para a região. Assista ao vídeo e ajude na divulgação. Os dois eventos tiveram transmissão online e contaram com a participação de mais de 120 internautas.
Saiba mais
Confira o que foi apresentado no seminários e veja também o Boletim Regional com os principais aspectos do diagnóstico no site do projeto Litoral Sustentável  http://litoralsustentavel.org.br/o-que-e-o-projeto/

sábado, 8 de dezembro de 2012

7/12/2012 18h10 - Atualizado em 07/12/2012 18h25

Biólogos monitoram espécies ameaçadas no Litoral Norte do RS

ONG de pesquisadores usa técnicas inovadoras para monitorar animais.
Estudos buscam entender padrão de distribuição das espécies no estado.

Do G1 RS 
Sugiro que após a leitura abaixo, assistam na matéria original o video !!!Está exelente!!

Montagem reportagem Nossa Terra (Foto: Reprodução/RBS TV) 
Toninha (acima à esq.) pode ser extinta; carcaças são marcadas 
com tinta spray 
(Foto: Reprodução/RBS TV)
 
Um grupo de biólogos e estudantes percorre há 20 anos o Litoral Norte do Rio Grande do Sul para avaliar espécies marinhas ameaças de extinção. Apenas na última semana, foram percorridos 180 quilômetros, entre a praia de Tramandaí e a Lagoa do Peixe, no município de Tavares, como mostra a reportagem do Nossa Terra (veja o vídeo abaixo).
Ligados à ONG Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do RS (Gemars), os pesquisadores utilizam técnicas inovadoras para monitorar os animais que são encontrados mortos à beira da praia e, assim, qualificar os resultados dos testes. A marcação com tinta é uma dessas práticas.
A técnica é simples e eficaz - consiste em assinalar as espécies achadas mortas com cores diferentes em spray a cada expedição, para que a contagem não se repita e seja possível monitorar cada exemplar. “Por exemplo, uma tartaruga que marcamos há 15 dias será marcada com outras cores cada vez que a encontrarmos de novo. Pela coloração saberemos há quanto tempo ocorreram essas marcações e isso vai nos dizer o período que essa carcaça levou para se decompor”, explica o biólogo Maurício Tavares, do Gemars. “Ao longo dos anos, vamos montar um quebra-cabeça para entender melhor o padrão de distribuição”.
O Gemars foi criado há duas décadas pelos então estudantes Maurício Tavares, Daniel Schiavon e Ignácio Moreno. Atualmente, a equipe que percorre as praias gaúchas é formada por biólogos da entidade e também estudantes e funcionários da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade de Ilhéus, na Bahia. “Percorremos áreas onde nunca ninguém antes tinha ido coletando mamíferos marinhos. Então logo cedo começamos a descobrir espécies novas, ainda não registradas no Brasil”, conta Ignácio.
Tartarugas no Litoral Norte gaúcho. Projeto Nossa Terra (Foto: Marcos Pereira/RBS TV)Tartarugas também estão ameaçadas no Litoral
(Foto: Marcos Pereira/RBS TV)
Segundo a ONG os animais mortos recolhidos para avaliação, e posteriormente devolvidos ao meio ambiente, vêm ao litoral gaúcho em busca de comida. “Essa área é uma fonte de alimentos para várias espécies nos primeiros anos de vida”, diz Maurício. Mesmo assim, esses mamíferos não resistem às doenças. As principais vítimas são os Pinguins de Magalhães, provenientes da Argentina. Os mais jovens costumam se perder do grupo, especialmente no inverno, e adoecem.
Outra causa de mortes é a ação do homem na natureza. As tartarugas são vítimas constantes do lixo jogado na água. Muitas não resistem ao excesso de plástico acumulado no estômago. A pesca irregular á outro problema. Golfinhos e baleias de pequeno porte, mamíferos que precisam subir à superfície para respirar, acabam enredados em redes. O albatroz, por exemplo, pode ser vítima da pesca com espinhel ao tentar comer a lula usada como isca nessa prática.
Pequenos cuidados na atividade pesqueira estão sendo aos pouco introduzidos e já mostram bons resultados. “Vai desde pintar a isca de azul para disfarçar na água, soltar a linha de noite pra evitar que o albatroz a veja ou usar o toriline, uma estrutura com linhas puxadas atrás do barco como se fosse um espantalho para evitar que o bicho não chegue perto”, relata Maurício.
Conforme os biólogos, o animal que corre maior risco de extinção é a toninha, um tipo de golfinho tímido de cor amarelada que só existe abaixo do litoral do Espírito Santo. Em apenas 50 quilômetros percorridos no litoral do RS foram encontrados 15 animais mortos. O trabalho de conscientização a preservação da espécie é uma das prioridades do Gemars, que luta pela maior fiscalização na indústria pesqueira e pela certificação em produtos que preservam o meio ambiente.
“Esperamos que com esse material coletado das espécies mortas consigamos descobrir informações que vão ajudar a conservar as que estão vivas. Assim, meus filhos e até meus netos vão poder conhecer um dia esses animais” projeta Maurício.
Para ler mais notícias do G1 Rio Grande do Sul, clique em g1.com.br/rs. Siga também o G1 RS no Twitter e por RSS.
Estudiosos do GEMARS monitoram praias gaúchas há 20 anos. Projeto Nossa Terra (Foto: Marcos Pereira/RBS TV)

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

4 de dezembro de 2012

Copio abaixo a matéria do Projeto Toninhas para compartilhar com vocês mais este resultado importante conquistado na luta pela conservação das Toninhas!!
Parabéns  a coordenadora do Projeto Toninhas, professora Marta Cremer, do departamento de Biologia da Univille e toda sua equipe!!

http://projetotoninhas.blogspot.com.br/2012/12/toninhas-no-limite-da-sobrevivencia.html

“Toninhas: no limite da sobrevivência”


Projeto Toninhas lança videodocumentário e livro sobre a vida da espécie de golfinho ameaçada de extinção no Brasil

A equipe do Projeto Toninhas lança na próxima sexta-feira (dia 7 de dezembro), às 19 hs, no Portal Naval de São Francisco do Sul, o videodocumentário “Toninhas: no limite da sobrevivência” e o livro paradidático “A toninha Babi e sua turma: a importância e a beleza da Baía da Babitonga”. O Projeto Toninhas, patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental, desenvolve ações de pesquisa e educação ambiental para a conservação do golfinho mais ameaçado de todo o Atlântico Sul. Durante a solenidade de lançamento, será realizada a primeira exibição do filme.
Para produzir o videodocumentário, a equipe viajou por várias regiões de ocorrência da toninha, entre o Espírito Santo, no Brasil, e o norte da Patagônia, na Argentina, entre fevereiro de 2011 e julho de 2012. Foram mais de 200 horas de gravação, mais de 80 dias viajando e mais de 90 entrevistas. O extenso material resultou num filme com 61 minutos de duração. “O acervo reunido com certeza permitirá a produção de outros materiais em breve”, afirma a coordenadora do Projeto Toninhas, professora Marta Cremer, do departamento de Biologia da Univille.


O objetivo, segundo a pesquisadora, foi produzir imagens sobre a toninha, as pesquisas que vem sendo desenvolvidas com a espécie, mostrar o ambiente onde o animal vive e as ameaças que atingem diretamente a toninha, além do seu habitat. “Sendo a toninha uma espécie costeira, sua problemática representa bem a situação crítica de nossos mares costeiros, pois os problemas que a ameaçam atingem também várias outras espécies, inclusive o homem, como a crise dos recursos pesqueiros, a contaminação dos mares por poluentes químicos, a degradação dos ambientes e a poluição sonora subaquática”, explica a pesquisadora.
Foram entrevistados pescadores, artesãos, pesquisadores e gestores de unidades de conservação para retratar a realidade que faz com que a toninha esteja hoje tão ameaçada. O filme foi produzido em português, mas é legendado em espanhol e inglês, para permitir sua ampla distribuição. Serão 10.000 unidades, distribuídas gratuitamente. Trata-se do maior acervo audiovisual produzido sobre a toninha. A produtora Mundo Marinho foi contratada pela Univille para executar o projeto junto com a equipe do Projeto Toninhas.


No dia 09 de dezembro será exibida uma sessão aberta ao público as 19:30 no Cine Teatro em São Francisco do Sul, e no dia 17 de dezembro as 18:00 no anfiteatro 2 na UNIVILLE em Joinville.

Mascote
O livro “A toninha Babi e sua turma: a importância e a beleza da Baía da Babitonga” foi inspirado no nome da toninha mascote de São Francisco, eleita através de um concurso promovido pela Prefeitura Municipal em 2009. Na obra, Babi e sua turma buscam sensibilizar Chico e Ritinha, irmãos que moram às margens da Baía da Babitonga, e tentam mostrar a eles os problemas que estão ameaçando a conservação dos animais da região. Na turma da Babi tem lobo-marinho, gaivota, peixes, tartaruga e até animais terrestres, que vivem às margens da Baía, como o mão-pelada.
A história ganhou vida nas ilustrações produzidas por Johny Guenther, contratado pelo projeto, e também traz fotos da região. Ao final de cada capítulo, são propostas atividades para os alunos. O livro será distribuído gratuitamente nas escolas de São Francisco do Sul e tem como objetivo transformar-se em mais um recurso didático, contribuindo com informações sobre a realidade local. O livro de 85 páginas, da Editora Univille, é de autoria da pedagoga Denise Carletto e da bióloga Marta Cremer, da equipe do Projeto Toninhas.