domingo, 3 de maio de 2015

Lista de Especies Ameaçadas - Saiba Mais

 fonte:Instituto Chico Mendes MMA

O ICMBio finalizou em dezembro de 2014 a avaliação nacional do risco de extinção da fauna brasileira.
Entre 2010 e 2014 foram avaliados 12.256 táxons da fauna, incluindo todos os vertebrados descritos para o país. Foram 732 mamíferos, 1980 aves, 732 répteis, 973 anfíbios e 4.507 peixes, sendo 3.131 de água doce (incluindo 17 raias) e 1.376 marinhos, totalizando 8.924 animais vertebrados. Foram avaliados também 3.332 invertebrados, entre crustáceos, moluscos, insetos, poríferos, miriápodes, entre outros. Para avaliar os 12.256 táxons, o ICMBio realizou ao longo desses cinco anos 73 oficinas de avaliação e 4 de validação dos resultados. Também foi firmado um termo de reciprocidade entre o ICMBio e a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).
A perda e degradação do habitat, principalmente decorrente da expansão agrícola e urbana e da instalação de grandes empreendimentos, como hidrelétricas, portos e mineração, é a mais importante ameaça para as espécies continentais. Para as espécies marinhas, a pesca excessiva, seja direcionada ou incidental, é a ameaça que mais se destaca.
Os resultados apontam 1.173 táxons ameaçados no Brasil, que estão listados em duas Portarias publicadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA):
Nos 1.173 táxons oficialmente reconhecidos como ameaçados estão 110 mamíferos, 234 aves, 80 repteis, 41 anfíbios, 353 peixes ósseos (310 água doce e 43 marinhos), 55 peixes cartilaginosos (54 marinhos e 1 água doce), 1 peixe-bruxa e 299 invertebrados. São, no total, 448 espécies Vulneráveis (VU), 406 Em Perigo (EN), 318 Criticamente em Perigo (CR) e 1 Extinta na Natureza (EW).
As duas portarias trazem ainda, em seu Anexo II, as espécies consideradas extintas. Cinco espécies estão consideradas extintas e outras cinco extintas no território brasileiro.
O ICMBio se volta agora para as estratégias de conservação, com a missão de combater as ameaças e reduzir o risco de extinção das espécies visando retirá-las da lista vermelha, evitar que as espécies Quase Ameaçadas (NT) entrem na lista e buscando conhecer melhor a situação das espécies consideradas com Dados Insuficientes (DD).

Pesca da piracatinga: o boto-rosa não pode ser isca


fonte Eco :Adriano Gambarini - 29/04/15

Ribeirinho exibe piracatinga pescada com uma bacia, logo após a produção do experimento registrado no vídeo. Foto:Adriano Gambarini













Não é de hoje que a pesca do peixe piracatinga (Calophysus macropterus) causa preocupação.
A razão é a matança indiscriminada do boto-cor-de-rosa para ser usado como isca para a piracatinga em muitos rios da Amazônia.
Publicado recentemente na revista científica Journal of Applied Ichthyology, especializada no estudo de peixes, o artigo "Uso de golfinhos e jacarés como isca para Calophysus macropterus [nome científico da piracatinga] na Amazônia" detalha as características desta pesca nas regiões do baixo rio Purus e Médio Solimões.
Os pesquisadores responsáveis pelo trabalho são: Felipe Rossoni e Sannie Brum, do Instituto Piagaçu; Leandro Castello, da Virginia Polytechnic Institute and State University, (que fazem parte da equipe do projeto Peixes da Floresta, patrocinado pelo Programa Petrobras Socioambiental); e Vera da Silva, pesquisadora do INPA e da Associação Amigos do Peixe Boi (AMPA). Eles abordam as técnicas pesqueiras, principalmente quanto ao uso de dois aparelhos: a "caixa", amplamente conhecida e utilizada na região do médio Rio Solimões, e o "curral", descrito pela primeira vez e utilizado na região dos rios Purus e Manacapuru. Como o curral é portátil, permite que barcos pesqueiros realizem a pesca da piracatinga em rios sem nenhuma fiscalização.



Cardume de piracatinga (Calophysus macropterus) no Rio Purus.AM.Foto:Adriano Gambarini

 Boto-rosa no Rio Tapajós,PA.Foto: Adriano Gambarini

A piracatinga é vendida aos frigoríficos da região, que processam o produto e podem tanto comercializá-lo nas cidades próximas quanto exportá-lo à Colômbia.
Os pesquisadores identificaram um aumento da produção de piracatinga de mais de 400% por ano e também, infelizmente, confirmaram a utilização de jacarés e dos golfinhos da Amazônia (boto-rosa e tucuxi) como as iscas principais. Os impactos causados nas populações destas espécies em decorrência da pesca indiscriminada ainda estão sob investigação. Ressalte-se que o boto-rosa já é considerado "em perigo" na última lista de espécies brasileiras ameaçadas, e um dos principais problemas advém da sua utilização como isca na pesca da piracatinga. Matar o boto para usá-lo como isca é uma característica ilegal desta pescaria. Por isso, desde janeiro deste ano, está proibida por cinco anos a pesca da piracatinga em todo o território brasileiro.
Agora, o setor pesqueiro amazônico, junto com o Ministério Público Federal, instituições conservacionistas e universidades buscam soluções para o impasse: a rentável pesca da piracatinga só pode prosseguir se houver alternativas de isca para os pescadores, que não prejudiquem as populações dos botos amazônicos.

Sobrevoos confirmam: as toninhas estão desaparecendo

Em março de 2014, o Projeto Toninhas realizou um grande esforço para conhecer a situação das toninhas no sul do Brasil. O trabalho foi realizado por meio de sobrevoos entre Florianópolis/SC e Chuí/RS. As novas análises comprovam que a situação é alarmante e a estimativa é que apenas 9.500 animais vivem atualmente nesta região, considerada a de maior abundância da espécie no Brasil.

“Embora o governo brasileiro tenha produzido um Plano de Ação Nacional para a Conservação da Toninha, poucas ações práticas, voltadas a redução das ameaças, foram realizadas, o que levou a espécie a se aproximar ainda mais da extinção.”
Marta Cremer - coordenadora do Projeto Toninhas

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Golfinho Pepê resgatado em Peruíbe será devolvido ao mar na terça feira

Animal foi encontrado debilitado em janeiro e levado para Guarujá

02/04/2015 - 20:48 - Atualizado em 02/04/2015 - 20:57 fonte : a TRIBUNA.com.br
Animal estava completamente debilitado
O golfinho da espécie Toninha, batizada de Pepê, resgatado em janeiro deste ano em Peruíbe e levado para tratamento em Guarujá, será solto nesta terça-feira (7). O animal, que tem um metro de comprimento e com poucos meses de vida, chegou debilitada ao Centro de Recepção e Triagem de Animais Marinhos (Cetas Marinho), mantido pela Prefeitura de Guarujá em parceria com o Instituto Gremar – Pesquisa, Educação e Gestão de Fauna

O golfinho sairá às 8h do píer do Bombeiros, no Ferry Boat do Grupamento de Bombeiros (GBMar), na Rua Sargento Wagner Lemela ,47, na Vila Funchal, ao lado do Ferry Boat, em Guarujá, em direção à Ilha Queimada Pequena , em Peruíbe.  A viagem vai durar cerca de 1h30, em alto mar.

O golfinho recebeu o apelido de Pepê porque foi encontrado em Peruíibe. O animal foi levado para a unidade de tratamento de animais marinhos vítimas de acidentes ou intoxicação encontrados no Litoral.

Pepê apresentava marcas de rede, por isso acredita-se que ela tenha ficado presa. Segundo a médica veterinária responsável do Cetas Marinho, Andréa Maranho ,a espécie é nativa do litoral brasileiro e como são extremamente dóceis se aproximam demais da costa para ter seus bebês. Infelizmente são vítimas de redes de pescadores e sofrem acidentes de embarcações. Como também são muito frágeis a recuperação é quase impossível.

As toninhas (semelhantes a golfinhos) são os pacientes mais críticos atendidos pelo CETAS, pois exigem atenção integral. Pepê ficou sob observação 24 horas de biólogas e da médica veterinária do local, Andréa Maranho. fonte : a TRIBUNA.com.br