segunda-feira, 14 de abril de 2014

Atualizado em  23 de janeiro, 2014 - 12:15 (Brasília) 14:15 GMT
fonte http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/01/140123_golfinhos_araguaia_fn.shtml
Foto: Nicole Dutra
Eles são parecidos com os botos-cor-de-rosa, mas foram encontradas diferenças nos dentes e DNA
Cientistas da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) descobriram uma nova espécie de boto, a primeira descoberta desse gênero desde 1918. Eles suspeitam, no entanto, que a nova espécie encontrada já tenha vindo à tona sob risco de extinção.
No estudo publicado na revista especializada Plos One, os pesquisadores da UFAM dizem que a espécie batizada como boto do Araguaia é uma das cinco integrantes do gênero que também inclui o boto cor-de-rosa, da Amazônia. Os pesquisadores estimam que haja apenas mil botos dessa espécie vivendo no rio Araguaia.
O boto do Araguaia teria se diferenciado dos outros familiares do gênero há mais de dois milhões de anos, segundo o pesquisador Tomas Hrbek.
"Foi tudo muito inesperado. É uma área onde as pessoas veem eles o tempo todo, já que são mamíferos grandes. Mas ninguém tinha notado (que era uma outra espécie)", disse.
As diferenças com o boto cor-de-rosa seriam o número de dentes. A nova espécie também seria menor. Mas, a maioria das diferenças foram encontradas nos genes do animal.
Ao analisar amostras de DNA de dezenas de botos dos dois rios, os pesquisadores concluíram que o do rio Araguaia era mesmo uma nova espécie.
Mas, mesmo depois destas análises, ainda pode haver questionamento.
"Em ciência você nunca pode ter certeza de nada", disse Hrbek.
"Analisamos o DNA mitocondrial, o que é, essencialmente, análise de linhagens, e não há compartilhamento de linhagens. Os grupos que vimos, os haplótipos, têm uma relação muito mais próxima entre eles do que entre outros grupos. Para isto acontecer, os grupos devem ter ficado isolados uns dos outros por um período longo", acrescentou.
"A divergência que observamos é maior do que as divergências observadas entre outras espécies de golfinhos", afirmou.

Futuro

Foto: Nicole Dutra
Nova espécie se diferenciou há cerca de dois milhões de anos
Os pesquisadores temem pelo futuro do boto do Araguaia, pois parece haver pouca diversidade genética entre esses botos devido à população reduzida. Os maiores riscos são trazidos pela ocupação humana na região.
"Desde a década de 1960, a bacia do rio Araguaia têm passado por uma pressão antropogênica significativa, devido a atividades agrícolas, fazendas e a construção de hidroelétricas", escreveram os autores do estudo na Plos One.
"Os botos estão no topo da cadeia, eles comem muito peixe. Eles roubam as redes de pesca, então os pescadores tendem a não gostar deles, as pessoas atiram neles", disse Hrbek.
Para os pesquisadores, devido a esses motivos, o novo boto deveria ser incluído na lista de espécies em maior risco de extinção.
Os golfinhos de rio, ou botos, estão entre as espécies mais raras do mundo.
Segundo a União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), das quatro espécies de botos já conhecidas, três estão na lista de grande risco de extinção, a chamada Red List.
Os botos são parentes distantes dos golfinhos encontrados nos oceanos. Eles têm bicos mais longos para poder caçar peixes no fundo dos rios, em meio à lama e lodo.
Uma das espécies mais conhecidas é o boto do Yangtze, ou baiji, que teria sido extinto em 2006.
Já o boto-cor-de-rosa do Amazonas é considerado uma das espécies mais inteligentes de todos os botos.

Documentário sobre as toninhas selecionado para concorrer a prêmio no Festival Brasil de Cinema Internacional

07 de abril de 2014

fonte http://projetotoninhas.blogspot.com.br/ 


O documentário “Toninhas: no limite da sobrevivência” está incluído entre os dez filmes indicados para o prêmio “Nosso Planeta” do II Festival Brasil de Cinema Internacional. No total, 463 filmes de 25 países foram inscritos no festival, em diferentes categorias.
A produção do documentário começou em 2011 e foi concluída no final de 2012, com lançamento em São Francisco do Sul. O documentário fez parte das metas do Projeto Toninhas/Univille Fase I. 
Para produzir o videodocumentário, a equipe viajou por várias regiões de ocorrência da toninha, entre o Espírito Santo, no Brasil, e o norte da Patagônia, na Argentina, entre fevereiro de 2011 e julho de 2012. Foram mais de 200 horas de gravação, cerca de 80 dias de viagem e mais de 90 entrevistas. O extenso material resultou num filme com 61 minutos de duração. O objetivo foi produzir imagens sobre a toninha, as pesquisas que vem sendo desenvolvidas com a espécie, mostrar o ambiente onde o animal vive e as ameaças que atingem diretamente a toninha, além do seu habitat.
O filme foi produzido em português e legendado em espanhol e inglês, o que permitiu sua ampla distribuição. Foram produzidas 10.000 unidades, distribuídas gratuitamente. Trata-se do maior acervo audiovisual produzido sobre a toninha. A produtora Mundo Marinho foi contratada pela Univille para executar o projeto junto com a equipe do Projeto Toninhas. A direção do filme é de Adrian Martino e Marta Cremer.
A participação do documentário no festival é uma excelente oportunidade para divulgar a situação da toninha no Brasil, um dos principais objetivo da produção deste filme. A toninha é um golfinho costeiro desconhecido da maioria da população. As atividades humanas nos últimos trinta anos fizeram com que esta espécie esteja hoje ameaçada de extinção.
O II Festival Brasil de Cinema Internacional ocorrerá no Rio de Janeiro, entre os dias 7 e 12 de abril. Todos os filmes são exibidos gratuitamente no Nucine, da Faculdade Estácio de Sá (Rua do Bispo 83, Rio Comprido) e na Sala de Cinema Humberto Mauro (Cassimiro de Abreu). A programação e mais detalhes podem ser conferidos pelo site www.brasilfestival.com.br.
Golfinho encalhado em Boa Viagem
fonte:

Publicação: 02/04/2014 11:00  Diário de Pernambuco

O animal se debateu nas pedras e acabou quebrando parte superior do bico e ficará aos cuidados do Ibama. Foto: Mhatteus Sampaio/ TV Clube
O animal se debateu nas pedras e acabou quebrando parte superior do bico e ficará aos cuidados do Ibama. Foto: Mhatteus Sampaio/ TV Clube
Um golfinho ficou encalhado, na manhã desta quarta-feira nos arrecifes de Boa Viagem, zona sul do Recife, nas imediações do Edifício Portugal. Equipes do Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMAR) e da Unidade Tática de Mergulho (UTM) chegaram ao local e estabilizaram o macho de 1,7 metros, que teve o focinho quebrado.

O animal, inicialmente confundido com um tubarão, estava preso em um espinhel, espécie de isca utilizada para a captura de tubarões. Agitado, o golfinho se debatia nas pedras e acabou quebrando parte superior do bico. O mamífero ficará aos cuidados do Ibama.
Com informações do repórter Mhatteus Sampaio.