quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013


18/02/2013
às 19:15 \ Tema Livre

VÍDEO: EM ESPETÁCULO MUITO RARO, 100 MIL GOLFINHOS nadando juntos numa área de quase 10 km quadrados ao largo da costa da Califórnia

 fonte:Veja

Maravilhoso e raro: 100 mil golfinhos apresentam espetáculo deslumbrante
Maravilhoso e raro: 100 mil golfinhos apresentam espetáculo deslumbrante (Foto: Antonio Ramirez)
Um fenômeno raríssimo foi filmado nesta quinta-feira passada, dia 14, por um barco a 7 quilômetros da costa de San Diego,  na Califórnia, EUA.
A tripulação deu, por acaso, com um imenso e ruidoso grupo estimado em 100 mil golfinhos que formaram uma massa de cerca de sete quilômetros de comprimento e cinco quilômetros de largura e viajaram ao lado do barco turístico por quase uma hora.
Golfinhos são reconhecidamente animais sociáveis, mas geralmente viajam em grupos que chegam de 15 a 200 animais. Até agora não há explicação para a enorme quantidade de golfinhos juntos de uma só vez.
No ano passado, no final de fevereiro, um grupo indeterminado de golfinhos, mas muito semelhante em quantidade, foi flagrado nadando cerca de 65 quilômetros ao norte da mesma San Diego, o que pode indicar um padrão migratório ainda não reconhecido e estudado.


 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

  Redes de pesca descartadas viram matéria-prima de tapetes

 

 http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2013/02/13/91509-redes-de-pesca-descartadas-viram-materia-prima-de-tapetes.html 

Segundo relatórios da ONU, cerca de 10% de todo o lixo marinho é composto de redes de pesca descartadas, que levam séculos para se decompor. Além de poluir o ambiente, as redes abandonadas são responsáveis pela morte de animais marinhos.

Enquanto programas de limpeza visam a remoção desse “lixo”, uma fabricante de pisos e carpetes de Londres teve uma ideia ainda mais completa: fazer tapete usando as redes de pesca descartadas.
A empresa Interface descobriu que é mais barato encontrar nylon velho do que utilizar novos. Com o intuito de ser ambientalmente neutra até 2020, ela se uniu com a Sociedade Zoológica de Londres para desenvolver tapetes de nylons reciclados. O projeto de teste, que vai durar 6 meses, já começou nas Filipinas , onde uma tonelada de rede foi recolhida para a fabricação das peças.

O projeto, além de remover o lixo marinho, também emprega pessoas das aldeias locais, incluindo 280 famílias socialmente vulneráveis, que ajudam na limpeza, segundo o site Inhabitat.
De acordo com a empresa, trabalhar com a reciclagem de carpetes de nylon de pesca é apenas um passo de uma série de iniciativas que a organização pretende tomar para criar um negócio sustentável. 
A meta é coletar 20 toneladas de rede até o final de abril deste ano. (Fonte: Verde MSN)

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Lago Rogaguado: áreas úmidas contribuem para o ciclo hidrológico e abrigam grande biodiversidade. Fotos: Vandré Fonseca
Dia 02 de fevereiro é Dia Mundial das Áreas Úmidas, estabelecido durante a Convenção de Ramsar, nome da cidade iraniana onde eram feitas as negociações naquele ano de 1971. Hoje, 164 países já assinam a convenção.

Lhanos de Moxos ocupam 6,9 milhões de hectares na fronteira com Brasil e Peru. Clique para ampliar.
A Bolívia celebrou os 42 anos do acordo com a designação dos Lhanos de Moxos, uma área de savanas tropicais na Amazônia Bolíviana, como sítio Ramsar. Com 6,9 milhões de hectares, mais extensa do que o estado da Paraíba, tornou-se a maior área mundial incluída na Convenção de Áreas Úmidas.

Os Lhanos, a exemplo de outras áreas úmidas, são importantes para o ciclo hidrológico, conforme explica a bióloga Maria Teresa Piedade, que lidera os estudos sobre Ecologia, Monitoramento e Uso sustentável de áreas úmidas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Na época das cheias,  guardam a água, desviando parte para o lençol freático e moderando o fluxo dos rios e possíveis inundações. Na seca, servem de reservatório de água. Essas regiões têm também papel destacado na manutenção da biodiversidade e de populações humanas.

“As áreas úmidas têm também uma biodiversidade única e muitas vezes endêmica”, afirma Maria Teresa. Mesmo animais que não estão associados diretamente a essas áreas dependem dela. “A onça não vive nestas áreas, mas vai até elas para beber água”, diz a pesquisadora. Além disso, elas abrigam populações humanas tradicionais.

Três rios cortam os Lhanos de Moxos, sujeito a secas cíclicas e períodos de inundações:  Beni, Guaporé e Mamoré, que correm para o Brasil, onde formam o Rio Madeira, o maior afluente da margem Sul do Amazonas, ameaçado por hidrelétricas.

Os Lhanos de Moxos é uma região de grande biodiversidade, onde já foram identificadas 131 espécies de mamíferos, 568 diferentes aves, 102 de répteis, 62 de anfíbios, 625 de peixes e pelo menos 1.000 espécies de plantas. Por lá vive uma subespécie do boto-vermelho ou boto-cor-de-rosa, a Inia boliviensis, o golfinho boliviano.

Segundo informações da WWF (World Wildlife Fund, em inglês), entre 800 aC e 1200 dC, três séculos antes da chegada dos europeus, a região já contava com um eficiente sistema hidráulico desenvolvido por povos locais ao longo de dois mil anos. Ele garantia a produção agrícola e a sobrevivência da população. Hoje, é uma região pouco habitada, onde são encontrados camponeses e fazendas. Os Lhanos de Moxos abrigam 7 territórios indígenas e 8 áreas protegidas.

 
Na região dos Lhanos de Moxo já foram identificadas 102 espécies de répteis.
A decisão do governo boliviano em se comprometer a proteger os Lhanos foi comemorada pelo WWF, que publicou um texto em seu site destacando a importância da Amazônia para a biodiversidade e regulação do clima global. "A designação de Moxos como sítio Ramsar é primordial para a conservação das áreas úmidas da região amazônica, pois sua condição saudável terá um impacto positivo nos ciclos hidrológicos da bacia amazônica. Isto vai ajudar a proteger ecossistemas e paisagens, garantir um fornecimento equilibrado de bens e serviços para os habitantes e garantir o futuro desta região rica, mas frágil ", afirma no texto Luis Pabón, diretor do WWF-Bolívia. O WWF foi responsável por estudos técnicos necessários para a inclusão dos Lhanos na convensão.

A Bolívia aderiu à Convenção de Ramsar em 1990 e a ratificou em 7 de Maio de 2002. O país tem outros 8 sítios Ramsar. Já o Brasil assinou a convenção em 1993 e três anos depois ratificou a decisão. O site do Ministério do Meio Ambiente lista 11 sítios reconhecidos no Brasil, entre eles o Parque Nacional do Araguaia (TO), o Parque Nacional Marinho de Abrolhos (BA e ES) e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá (AM).

Maria Teresa, porém, afirma que o Brasil não tem cuidado bem de suas áreas úmidas. “A discussão do Código Florestal serviu pelo menos para isso, agora todo mundo fala em área úmida na televisão”, considera a bióloga. Infelizmente, ainda é pouco.