quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Alcatrazes terá dez pontos para mergulho

fonte: http://www.icmbio.gov.br/portal/ultimas-noticias/20-geral/9161-alcatrazes-tera-dez-pontos-para-mergulho

Publicado: Sexta, 15 de Setembro de 2017, 16h04
Portaria de visitação foi assinada nesta última quarta-feira (13) pelo presidente Ricardo Soavinski durante solenidade em São Sebastão (SP)

Brasília (15/09/2017) - O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) está licitando a instalação de 17 poitas para o Refúgio de Vida Silvestre de Alcatrazes, que serão utilizadas para o turismo de mergulho e observação contemplativa. As embarcações autorizadas a operar na região poderão apenas atracar nas referidas poitas. Serão disponibilizados 10 pontos para mergulho autônomo, sendo possível no máximo 20 mergulhadores em cada ponto por operação, havendo a obrigatoriedade de um condutor subaquático autorizado e capacitado pelo ICMBio Alcatrazes, a cada quatro mergulhadores. 

A exigência, que visa garantir tanto a segurança do mergulhador  quanto  preservação da natureza, consta na portaria de autorização e ordenamento da visitação que foi assinada nesta quarta-feira (13), durante solenidade em São Sebastião (SP) pelo presidente do ICMBio, Ricardo Soavinski. A perspectiva é que o ecoturismo no Refúgio comece no início de 2018.

A mesma regra vale para o turismo embarcado para contemplação da fauna: é necessário um condutor (guia) para acompanhar o grupo. Ele será responsável pela orientação dos visitantes com informações sobre a unidade de conservação. Nestes passeios, poderá ser avistado um dos maiores ninhais de fragatas da América do Sul, além de golfinhos, baleias, tartarugas marinhas, dentre outras espécies. A equipe de Alcatrazes já prepara um curso agendado para o mês de novembro para capacitar os condutores dos passeios e mergulhos.

As operadoras de turismo interessadas em exercer as atividades de visitação, tem 45 dias para solicitar o cadastramento na sede administrativa do ICMBio Alcatrazesem São Sebastião, contados a partir da publicação da referida Portaria. Entregue toda a documentação, o órgão tem 30 dias para deferir ou indeferir a solicitação.

As embarcações deverão atender a uma série de exigências para operar o turismo em Alcatrazes, como por exemplo, ter Certificado de Segurança da Navegação emitido pela Marinha do Brasil na categoria de transporte de passageiros em mar aberto.

Os operadores autorizados deverão passar aos visitantes as informações preliminares sobre as condições de visita, os riscos de atividades em área natural em mar aberto, e adotar medidas de segurança, conforto e bem-estar dos visitantes. Ainda será necessário o agendamento com antecedência para todas as visitas ao Refúgio, junto à administração da UC.

Segundo a chefe da Estação Ecológica Tupinambás e do Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes, Kelen Luciana Leite, diante da relevância ambiental do arquipélago dos Alcatrazes, o ICMBio está propondo a abertura da visitação em caráter experimental com duas atividades prioritárias: visita embarcada e mergulho autônomo. Nesse período experimental as atividades só poderão ser desenvolvidas por autorizados pelo ICMBio. Também não haverá cobrança de ingressos pelo instituto.

Algumas das proibições estabelecida pela Portaria de Visitação

Utilizar produtos de higiene e cuidados pessoais tais como sabonetes, xampus, cremes de cabelo, óleos bronzeadores e outros, excetuando-se aqueles destinados à proteção solar
Portar petrechos de pesca, salvo aqueles destinados à salvaguarda da vida humana, assim considerados pela Marinha do Brasil
Descartar qualquer tipo de resíduo sólido ou líquido, inclusive orgânico, bem como descartar diretamente efluentes sanitários ou acionar bombas e sistemas de esgotamento de tanques de retenção de efluentes das embarcações
Acionar buzinas e outros sinais sonoros, bem como utilizar equipamentos sonoros coletivos e instrumentos musicais diversos dentro do perímetro de uma milha náutica (1,8 km) das ilhas, exceto em condições necessárias à segurança de navegação, como visibilidade restrita.
Preparar alimentos que possam atrair as aves das unidades de conservação, a exemplo de churrascos 
Alimentar a fauna silvestre
Desembarcar em qualquer ilha ou formação do arquipélago
Tocar nos costões rochosos, perseguir, tocar ou apanhar quaisquer organismos marinhos, retirar ou coletar qualquer material (conchas, pedras, dispositivos de pesquisa experimental etc.)
Mergulhar com cetáceos ou outros animais marinhos que possam oferecer risco ao visitante


segunda-feira, 28 de agosto de 2017

ICMBio multa empresa responsável por contêineres no mar




25 de agosto de 2017 - 18:19

fonte: http://www.tamoiosnews.com.br/noticias/cidades/icmbio-multa-empresa-responsavel-por-conteineres-no-mar/

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Alcatrazes multou nesta sexta-feira (25), a empresa Log In Logística Intermodal Ltda, com base em constatações de vistoria realizada um dia antes, na área do Refúgio Alcatrazes, de aporte de materiais vindo dos contêineres que foram lançados ao mar após queda de um navio da empresa LOg IN Logística no último dia 11.
A infração ambiental autuada foi capitulada no Art. 90 do Decreto Federal n° 6.514/08, e a multa foi de R$ 10 mil – valor máximo previsto, dado o porte da empresa autuada. Uma vez que a sede da empresa situa-se no Rio de Janeiro, a multa está sendo enviado por correio.
A empresa tem 20 dias após o recebimento do auto de infração para exercer seu direito ao contraditório e à ampla defesa no âmbito do processo administrativo decorrente da autuação, já instaurado no ICMBio. Também em consonância com a legislação ambiental vigente, o ICMBio comunicará o Ministério Público Federal sobre a autuação, para que este avalie e decida acerca das medidas cabíveis na esfera judicial.
As ações do ICMBio Alcatrazes não se encerram com a autuação. Novas vistorias serão realizadas a fim de averiguar quaisquer impactos do aporte de materiais sobre o ecossistema protegido, especialmente a fauna, tanto a aquática quanto a terrestre. Estamos também em comunicação com a empresa que está realizando o serviço de limpeza desses materiais, a fim de propiciar os meios necessários para que os responsáveis cumpram com sua obrigação de recolhimento dos mesmos também em Alcatrazes.

domingo, 13 de agosto de 2017

ICMBio alerta as pessoas para os riscos de se aproximar de baleias

09-08-2017

Foto: Porto de Imbituba / Divulgação

Diante da temporada das baleias e de vídeos que começam a circular na internet de surfistas se aproximando dos animais e filmagens em drones, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) emitiu nota para alertar sobre os riscos ao se aproximar dos cetáceos. Além de molestar os animais, tanta proximidade representa riscos aos seres humanos, defende o instituto. 
Segundo o ICMBio, a preocupação é que a propagação de vídeos estimule outros praticantes de esportes aquáticos a se aproximar dos animais e ignorar os riscos de acidentes graves a que ficam expostos, além de interferir diretamente no comportamento dos cetáceos.
Em nota, a Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca recomenda que as pessoas mantenham uma distância prudente das baleias, que seria preferencialmente a mais de 100 metros. 
"A Portaria IBAMA 117/1996 está em revisão, a fim de melhorar o regramento tendo em vista evitar o molestamento de cetáceos de diferentes espécies em seus variados habitats no país, o que é necessário ante o surgimento e utilização de novas tecnologias e equipamentos, tais como drones e SUP [stand up paddle]", diz a nota.
O ICMBio destaca que as principais leis e normas brasileiras de proteção aos cetáceos são a Lei 7643/87, que proíbe a caça e o molestamento de cetáceos em águas brasileiras, a Lei 9605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), o Decreto 6514/2008, o qual em seu artigo 30 descreve o molestamento de cetáceos como infração ambiental com multa prevista de R$ 2,5 mil (caso a prática da infração ocorra em unidade de conservação, a multa é aplicada em dobro), e a Portaria Ibama 117/1996 que descreve as práticas consideradas molestamento intencional de cetáceos.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

ONU lança campanha para reduzir plástico nos oceanos



Segundo a entidade, plástico representa 80% do lixo nos oceanos e causa prejuízos no valor de US$ 8 bilhões nos ecossistemas marinhos.

fonte:

http://g1.globo.com/natureza/noticia/onu-lanca-campanha-para-reduzir-plastico-nos-oceanos.ghtml





Projeto Baleias e Golfinhos

20/02/2017


fonte :  https://www.sosma.org.br/blog/projeto-baleias-golfinhos-rio-de-janeiro-percorreu-1-400-km/



Os cetáceos (baleias, botos e golfinhos) são mamíferos aquáticos que habitam águas fluviais, costeiras e oceânicas ao redor do globo. Devido à sua plasticidade comportamental, longa expectativa de vida e grandes áreas que podem ocupar, a ocorrência e a distribuição dos cetáceos são um desafio para os pesquisadores. Em geral, o conhecimento dessas informações requer tempo e despesas financeiras para a coleta de dados.
Parceria da Fundação SOS Mata Atlântica e do Programa Marinho do WWF-Brasil com o Instituto Mar Adentro, as saídas de campo do Projeto Baleias & Golfinhos do Rio de Janeiro tiveram como objetivos monitorar a ocorrência de golfinhos-flíper no Monumento Natural do Arquipélago das Ilhas Cagarras (MONA Cagarras) e levantar e analisar registros de outras espécies de cetáceos dentro e fora dos limites do MONA Cagarras. O projeto já realizou 25 saídas de campo com cerca de 1.400 km percorridos.
Entre julho e dezembro de 2016 foram feitas avistagens de baleias-jubarte, baleias-de-bryde, golfinhos-flíper e golfinhos-de-dentes-rugosos.
Golfinhos-de-dentes-rugosos. Foto: Liliane Lodi
Golfinhos-de-dentes-rugosos. Foto: Liliane Lodi
Baleias e golfinhos possuem marcas naturais na nadadeira dorsal que podem ser comparadas com “impressões digitais”. Dessa forma é possível fazer o reconhecimento de diferentes animais e montar um catálogo de indivíduos identificados.  
Esta técnica não invasiva tem sido amplamente utilizada na pesquisa com cetáceos, uma vez que o animal não precisa ser fisicamente capturado ou marcado. Nos últimos 45 anos, este método tem sido utilizado para estudar inúmeras populações de cetáceos no mundo inteiro. Algumas populações têm sido estudadas continuamente ao longo deste período de tempo e tem-se hoje um conhecimento mais profundo dos animais destas populações.
Nenhuma correspondência foi feita entre as baleias-jubarte identificados no Rio de Janeiro e as que compõem o catálogo do Instituto Baleia Jubarte. Neste caso em especial, os indivíduos são identificados com base em seis diferentes padrões de coloração branco e preto da parte inferior da nadadeira caudal. Pesquisas tem revelado uma estimativa populacional de 17.000 baleias-jubarte o Brasil, que em 2014 deixou de fazer parte da Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção publicada em 2014. Portanto, colaborações entre instituições como esta são importantes para o reconhecimento de novos indivíduos.
Baleia-jubarte. Foto: Liliane Lodi.
Baleia-jubarte. Foto: Liliane Lodi.
Um total de 13 novos golfinho-de-dentes-rugosos foram identificados subindo para 75 o número indivíduos catalogados desde 2011. Os dados obtidos a partir da foto-identificação estão permitindo a obtenção de informações inéditas sobre as áreas vitais e uso do hábitat da espécie, ainda mal conhecida em âmbito mundial, em águas costeiras do Rio de Janeiro.
Com relação aos golfinhos-flíper, cinco indivíduos previamente identificados foram reavistados. Um deles não era visto a 10 anos! A possível reocupação sazonal dos golfinhos-flíper após cinco anos de ausência no MoNa Cagarras é um momento delicado que exige especial cautela. Chama a atenção a observação de filhotes em apenas duas ocasiões em comparação com estudos passados, de 2004 a 2010, que consideravam o arquipélago como área de cria de filhotes.
A longo prazo os dados obtidos a partir da foto-identificação, em conjunto com outros dados recolhidos, fornecem informações sobre a história de vida do indivíduo, intervalo entre nascimento de crias e a longevidade, tamanho da população, o grau de associação entre indivíduos e áreas vitais dos animais.  Catálogos de indivíduos identificados tem sido construídos e atualizados, de modo a poderem ser comparados com os catálogos de outros grupos de investigação para obtenção de dados de movimentos e uso de habitat. Por isto a importância da continuidade dos estudos e o monitoramento de cetáceos de uma determinada área.
Se você tem fotos e/ou vídeos de baleias, botos e golfinhos em águas costeiras do Rio de Janeiro poste no grupo “Onde estão as Baleias e os Golfinhos?” do Facebook (www.facebook.com/groups/baleiasgolfinhos.rj), informando a data, local, hora e número de animais avistados. As imagens são importantes para a positiva identificação das espécies e podem fornecer dados científicos valiosos.
Liliane Lodi-001Por Liliane Lodi
Pesquisadora do
Projeto Baleias & Golfinhos
do Rio de Janeiro