terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Descoberta de golfinhos ameaçados reforça importância da Estação Ecológica de Tamoio

Duda Menegassi

domingo, 6 dezembro 2020     fonte O ECO


                                Toninhas vistas do alto no mar. Foto: Maristela Colucci/Divulgação

De hábitos tímidos e fugidios, a toninha é pouco conhecida e difícil de ser avistada, tanto por se esconder ao menor sinal de aproximação de barcos, quanto por seu tamanho, pois é a menor espécie de golfinho que habita as águas brasileiras. Um outro superlativo da espécie vem das pressões que ela sofre: é a espécie de golfinho mais ameaçada do país. Sua área de ocorrência vai desde o Espírito Santo até a Patagônia argentina, com registros de grupos aqui e acolá pela costa. Em novembro deste ano, pesquisadores fizeram a identificação inédita de um grupo de toninhas na Baía da Ilha Grande, nos arredores da Estação Ecológica de Tamoios, área protegida marinha localizada entre Paraty e Angra dos Reis. O registro confirma a importância da unidade de conservação, alvo recorrente de críticas de Bolsonaro, para preservação de zonas restritas à pesca.

O avistamento pioneiro foi feito por pesquisadores do Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores (Maqua) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) no dia 24 de novembro. Foi o primeiro registro confirmado — e devidamente documentado e fotografado — com as toninhas (Pontoporia blainvillei) na Baía de Ilha Grande. A descoberta foi documentada e noticiada com exclusividade pela jornalista Giovana Girardi neste sábado (06), no Estadão.

O local do registro, nas cercanias das ilhas e águas protegidas pela Estação Ecológica (Esec) de Tamoios, reforça a importância da unidade de conservação. “A Esec Tamoios teve um papel fundamental no achado e na manutenção dessa população. Percebemos que elas estão usando a área costeira, onde é protegido e não pode ter pesca. Ter uma unidade de conservação de cunho restritivo ali foi fundamental para proteger a espécie até agora e para que pudéssemos finalmente encontrá-las”, conta o oceanógrafo José Lailson Brito Junior, ouvido por Giovana em sua reportagem.

A grande ameaça às toninhas é justamente a pesca. Apesar de não serem o alvo das redes e anzóis, é comum a captura acidental dos pequenos golfinhos em redes de pesca. A disputa por espaços no fundo do mar é acirrada pelo fato das toninhas viverem próximas à costa, em profundidades menores do que 30 metros, onde há maior concentração de peixes e, consequentemente, de pescadores. De acordo com o Projeto de Conservação das Toninhas, apoiado pelo FUNBIO, anualmente centenas de toninhas morrem presas em redes e essa alta mortalidade é a principal causa do declínio populacional da espécie. Atualmente, estima-se que existam cerca de 20 mil toninhas distribuídas pela costa brasileira.

A Estação Ecológica possui uma extensão de 8.699 hectares, sendo quase 97% deste território de proteção marítima, o equivalente a 8.407 hectares de águas sob restrição para qualquer tipo de extração e exploração direta. Foi exatamente nestas águas proibidas para pesca que Jair Bolsonaro foi multado pelo Ibama ao ser flagrado pescando, em 2012, quando ainda era deputado. Desde que assumiu a presidência, Bolsonaro, com apoio do seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), tem colecionado declarações e tentativas de desmontar a proteção da Esec e, em seguida, transformar a região de Angra dos Reis em uma “Cancún brasileira”.

Em julho deste ano, Flávio Bolsonaro recebeu uma proposta da prefeitura de Angra para flexibilização da Estação Ecológica. Alterações — ou extinções — de unidades de conservação, entretanto, só podem ser feitas por projetos de lei e com aval do Congresso.

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Petição: Exija o fim do comércio global de animais silvestres



    fonte  https://www.worldanimalprotection.org.br/


Os animais silvestres são comercializados em todo o mundo como se fossem produtos. Todos os dias, milhares são caçados ou criados em cativeiro para serem comidos, transformados em remédios, usados como animais de estimação ou explorados na indústria do entretenimento.
Esse comércio também representa um enorme risco para a nossa saúde.
Cerca de 70% de todas as doenças transmitidas de animais para humanos têm origem em animais silvestres. No momento em que o mundo luta contra a COVID-19, não podemos mais ignorar os perigos de nossas interações com a vida selvagem.
Em novembro deste ano, os líderes do G20 (grupo das 20 principais economias do mundo, do qual o Brasil faz parte) se encontrarão para sua reunião anual de cúpula e as ações de resposta à pandemia do novo coronavírus terão um lugar central nas discussões. Queremos que essas ações incluam um plano para acabar com o comércio global de animais silvestres de uma vez por todas.
Não estaremos completamente seguros até que os animais silvestres também estejam.
Assine a petição

quinta-feira, 16 de abril de 2020

COVID-19

Atualizada em 15 de abril de 2020
Principais informações
  • A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 30 de janeiro de 2020, que o surto da doença causada pelo novo coronavírus (COVID-19) constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional – o mais alto nível de alerta da Organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional. Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia.
  • Foram confirmados no mundo 1.914.916 casos de COVID-19 (70.082 novos em relação ao dia anterior) e 123.010 mortes (5.989 novas em relação ao dia anterior) até 15 de abril de 2020.
  • O Brasil confirmou 28.320 casos confirmados e 1.736 mortes até a tarde do dia 15 de abril de 2020.
  • A OPAS e a OMS estão prestando apoio técnico ao Brasil e outros países, na preparação e resposta ao surto de COVID-19.
  • As medidas de proteção são as mesmas utilizadas para prevenir doenças respiratórias, como: se uma pessoa tiver febre, tosse e dificuldade de respirar, deve procurar atendimento médico assim que possível e compartilhar o histórico de viagens com o profissional de saúde; lavar as mãos com água e sabão ou com desinfetantes para mãos à base de álcool; ao tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com o cotovelo flexionado ou com um lenço – em seguida, jogar fora o lenço e higienizar as mãos.
  • Os coronavírus são a segunda principal causa do resfriado comum (após rinovírus) e, até as últimas décadas, raramente causavam doenças mais graves em humanos do que o resfriado comum.
  • Há sete coronavírus humanos (HCoVs) conhecidos, entre eles o SARS-COV (que causa síndrome respiratória aguda grave), o MERS-COV (síndrome respiratória do Oriente Médio) e o SARS-CoV-2 (vírus que causa a doença COVID-19).

O que você precisa saber e fazer. Como prevenir o contágio:



que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Provoca a doença chamada de coronavírus (COVID-19).
Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel.

Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir.

Evite aglomerações se estiver doente.

Mantenha os ambientes bem ventilados.

Não compartilhe objetos pessoais.

terça-feira, 10 de março de 2020

Aprova o 2º ciclo -2019-2024- do Plano de Ação Nacional para Conservação da Toninha

fonte
http://www.icmbio.gov.br/portal/faunabrasileira/plano-de-acao-nacional-lista/147-plano-de-acao-nacional-para-conservacao-da-toninha

ANO:
2019-2024 (2º ciclo)
2010-2015 (1º ciclo)
RESUMO:
PORTARIA Nº 655, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2019 Aprova o 2º ciclo do Plano de Ação Nacional para Conservação da Toninha - PAN Toninha tem como objetivo geral evitar o declínio populacional da toninha em todas as áreas de manejo, em especial por meio da redução das capturas incidentais e da proteção do habitat.
Série Espécies Ameaçadas nº 10
BIOMA:
Marinho
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO Publicado em: 29/11/2019 | Edição: 231 | Seção: 1 | Página: 327 Órgão: Ministério do Meio Ambiente/Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade PORTARIA Nº 655, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2019 
Aprova o 2º ciclo do Plano de Ação Nacional para Conservação da Toninha - PAN Toninha, contemplando um táxon ameaçado de extinção, estabelecendo seu objetivo geral, objetivos específicos, espécie contemplada, prazo de execução, formas de implementação, supervisão, revisão e institui o Grupo de Assessoramento Técnico. Processo SEI nº 02034.000033/2019-14. 

Considerando o disposto no Processo nº 02034.000033/2019-14, resolve: 
Art. 1º Aprovar o 2º ciclo do Plano de Ação Nacional para Conservação da Toninha - PAN Toninha. 
Art. 2º O PAN Toninha tem como objetivo geral evitar o declínio populacional da toninha em todas as áreas de manejo, em especial por meio da redução das capturas incidentais e da proteção do habitat. 
§ 1º O PAN Toninha abrange e estabelece estratégias prioritárias de conservação para Pontoporia blainvillei, espécie ameaçada de extinção na categoria CR (Criticamente em Perigo). 
§ 2º Para atingir o objetivo previsto no caput foram estabelecidas ações distribuídas em oito objetivos específicos, assim definidos:
 I - Redução da mortalidade da espécie a níveis sustentáveis através do estabelecimento de mecanismos eficientes de redução da captura incidental na pesca de emalhe; 
II - Criação e fortalecimento das iniciativas locais e regionais de gestão pesqueira compartilhada como instrumentos de proteção da toninha; 
III - Redução e mitigação da degradação do habitat e investigação dos efeitos cumulativos que afetam a toninha;
 IV - Promoção da conservação e manutenção de áreas críticas para a toninha; 
V - Popularização e sensibilização da sociedade acerca da toninha, sua importância e estado de conservação; 
VI - Integração do PAN Toninha com as políticas públicas afins em diferentes esferas nacionais e internacionais; 
VII - Sistematização e disponibilização de dados de pesquisas sobre a toninha para gestão do conhecimento; 
e VIII - Fortalecimento e articulação de pesquisas nas Áreas de Manejo da Toninha (FMAs). 
Art. 3º Caberá ao Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (ICMBio/CMA) a coordenação do PAN, com supervisão da Coordenação Geral de Estratégias para Conservação da Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade - ICMBio/DIBIO/CGCON. 
Art. 4º O PAN Toninha será monitorado anualmente, para revisão e ajustes das ações, com uma avaliação intermediária prevista para o meio da vigência do Plano e avaliação final ao término do ciclo de gestão.
 Art. 5º Para acompanhar a implementação e realizar a monitoria do PAN Toninha institui-se o Grupo de Assessoramento Técnico - GAT de acordo com o ANEXO I. 
§ 1º Caberá ao GAT acompanhar a implementação, realizar monitorias e avaliações do PAN em conformidade com a Instrução Normativa ICMBio nº 21, de 18 de dezembro de 2018. 
§ 2º A participação no GAT do PAN Toninha não enseja qualquer tipo de remuneração, não induz qualquer relação de subordinação entre os seus componentes entre si e com o ICMBio, e será considerada serviço de relevante interesse público. 
Art. 6º O PAN Toninha terá vigência de outubro de 2019 até setembro de 2024.
 Art. 7º A Matriz de Planejamento é parte integrante do PAN que deverá ser disponibilizado e atualizado em página específica no portal do ICMBio.
 Art. 8º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. HOMERO DE GIORGE CERQUEIRA ANEXO I O Grupo de Assessoramento Técnico - GAT do 2º ciclo do Plano de Ação Nacional para Conservação da Toninha - PAN Toninha terá a seguinte composição:
 I - Ana Carla Leão Filardi, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos - ICMBio/CMA, na qualidade de coordenadora; 
II - Ana Luiza Spinelli Pinto, da Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER/RS;
III - Federico Sucunza Perez, do Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul - GEMARS/IA;
 IV - Jonatas Henrique Fernandes do Prado, da APA da Baleia Franca - ICMBio; 
V - Marta Jussara Cremer, da Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE; 
VI - Milton Cesar Calzavara Marcondes, do Instituto Baleia Jubarte - IBJ; e VII - Sabrina de Oliveira, do Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região - SINDIPI. 
Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada

Biólogo cria sacola que cai no mar e vira comida para peixes



Postado em 26/01/2020

Biólogo cria sacola que cai no mar e vira comida para peixes

Fonte. F11portal

O biólogo Kevin Kumala criou uma sacola feita de mandioca e caso seja jogada no mar, ela pode servir de alimento para peixes.

O biólogo Kevin Kumala (foto acima) criou uma sacola feita de mandioca e caso seja jogada no mar, ela pode servir de alimento para peixes.

Nascido na Indonésia, Kevin criou a sacola após retornar dos Estados Unidos para o seu país e dar de cara com o acúmulo de lixo em Bali, ilha onde nasceu.

O biólogo desenvolveu e passou a vender produtos que aparentam ser feitos de plástico, mas têm como matéria-prima o tubérculo, que não prejudica o meio ambiente.

Em 2014 ele criou a empresa Avani Eco. Lá, Kevin vende sacolas, canudos, talheres, copos e embalagens, todos feitos com materiais sustentáveis, com tempo de decomposição de cem dias.

“Nossos sacos de mandioca de tamanho médio podem transportar até 8 libras (3,5 kg) se transportar produtos secos”, diz o perfil da empresa no Instagram.

Segundo o site da empresa, ela já substituiu três toneladas de produtos não sustentáveis desde 2016.

“Nós buscamos continuamente nos tornar uma ponte para ajudar e encorajar comunidades e negócios a produzirem iniciativas que gerem um impacto sustentável para o meio ambiente. Encorajando o uso do termo ‘responsável’ como um valor central dos três fatores chave: reduzir, reutilizar, reciclar”, diz o site da empresa.

Estima-se que, em 2050, o mundo produzirá 33 bilhões de toneladas de plástico.

O material demora 400 anos para se decompor.