A ONU lançou nesta quinta-feira (23) uma campanha
global dirigida a governos, empresas e consumidores para reduzir os resíduos de
plástico nos oceanos, onde são lançadas cerca de oito toneladas por ano deste
material.
"Clean Seas" ("Limpar os
mares") se chama a campanha apresentada durante a Cúpula Mundial dos
Oceanos, que acontece até esta sexta-feira (24) em Nusa Dua, na ilha de Bali,
na Indonésia, afirmou a ONU em comunicado.
Entre as medidas, a organização multilateral sugere
aos governos que apliquem políticas para reduzir o plástico, que as empresas
reduzam as embalagens com este material e que os consumidores mudem seus
hábitos.
Para o ano 2020, a campanha propõe que sejam
totalmente eliminadas as maiores fontes de plástico no mar: os microplásticos
de cosméticos e as embalagens descartáveis.
"Já passou da hora de abordarmos o problema do
plástico que aflige nossos oceanos. A poluição de plástico está aparecendo nas
praias da Indonésia, repousando no leito marinho do Polo Norte e ascendendo na
cadeia alimentar até nossas mesas", disse Erik Solheim, chefe da ONU Meio
Ambiente.
Nove países já se uniram à campanha, como a
Indonésia, que se comprometeu a reduzir em 70% o plástico lançado no mar em
2015; o Uruguai, que introduzirá um imposto sobe os sacos plásticos, e a Costa
Rica, que melhorará o gerenciamento de resíduos e a educação para reduzir o uso
de sacolas.
A companhia Dell, por sua vez, utilizará plástico
reciclado recolhido perto do Haiti para fabricar seus produtos de informática.
Segundo a ONU, o plástico representa 80% do lixo
nos oceanos e causa prejuízos no valor de US$ 8 bilhões nos ecossistemas
marinhos.
Se o aumento de resíduos como garrafas, sacolas e
copos de plástico se mantiver no ritmo atual, em 2050 haverá mais plástico do
que peixes em peso no mar e 99% das aves marinhas terão consumido restos deste
material.
Para o ano 2020, a campanha propõe que sejam totalmente eliminadas as maiores fontes de plástico no mar:
os microplásticos de cosméticos e as embalagens descartáveis (Foto: Erik De Castro/Reuters)
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