fonte:Instituto Chico Mendes MMA
O ICMBio finalizou em dezembro de 2014 a avaliação nacional do risco de extinção da fauna brasileira.
Entre 2010 e 2014 foram avaliados 12.256 táxons da fauna, incluindo
todos os vertebrados descritos para o país. Foram 732 mamíferos, 1980
aves, 732 répteis, 973 anfíbios e 4.507 peixes, sendo 3.131 de água doce
(incluindo 17 raias) e 1.376 marinhos, totalizando 8.924 animais
vertebrados. Foram avaliados também 3.332 invertebrados, entre
crustáceos, moluscos, insetos, poríferos, miriápodes, entre outros. Para
avaliar os 12.256 táxons, o ICMBio realizou ao longo desses cinco anos
73 oficinas de avaliação e 4 de validação dos resultados. Também foi
firmado um termo de reciprocidade entre o ICMBio e a União Internacional
para a Conservação da Natureza (UICN).
A perda e degradação do habitat, principalmente decorrente da
expansão agrícola e urbana e da instalação de grandes empreendimentos,
como hidrelétricas, portos e mineração, é a mais importante ameaça para
as espécies continentais. Para as espécies marinhas, a pesca excessiva,
seja direcionada ou incidental, é a ameaça que mais se destaca.
Os resultados apontam 1.173 táxons ameaçados no Brasil, que estão
listados em duas Portarias publicadas pelo Ministério do Meio Ambiente
(MMA):
- Portaria MMA nº 444, de 17 de dezembro de 2014 (espécies terrestres e mamíferos aquáticos): 698 táxons.
- Portaria MMA nº 445, de 17 de dezembro de 2014 (peixes e invertebrados aquáticos): 475 táxons.
As duas portarias trazem ainda, em seu Anexo II, as espécies consideradas extintas. Cinco espécies estão consideradas extintas e outras cinco extintas no território brasileiro.
O ICMBio se volta agora para as estratégias de conservação, com a missão de combater as ameaças e reduzir o risco de extinção das espécies visando retirá-las da lista vermelha, evitar que as espécies Quase Ameaçadas (NT) entrem na lista e buscando conhecer melhor a situação das espécies consideradas com Dados Insuficientes (DD).